O Pentáculo de Ametista - Chas Bogan e Storm Faerywolf

28/05/2019

O presente texto é uma tradução do original: https://faerywolf.com/amethyst-pentacle/, criado por Chas Bogan and Storm Faerywolf e a eles pertencem todos os direitos legais da obra.

Tradução Brasileira: Felix A. Mecaniotes, 2019.

Explorando Ritos de Passagem Viadas como Portas de Entrada para a Divindade por Chas Bogan e Storm Faerywolf

Eles são Amantes. Interligados. Eternos.

Chame-os de Irmãos ou Irmãs, Pais ou Mães, Amigos ou Amantes... isto são apenas palavras. É Seu amor que importa.

Chame-os Céu e Terra e nós poderemos vê-los: A Terra que olha para o rosto do Céu e contempla o rosto do seu amado. O fogo rubi-vermelho que se eleva desde o chão; a luxúria original de milhões de anos, se estende para cima, desejando mais do que apenas um beijo ...

O céu se vira e olha para baixo e contempla a magnífica beleza da Terra. A luz cósmica líquida de Seu mistério - um fogo tão azul como a safira - flui suavemente para Sua amante, despertando o toque febril da paixão.

Juntos fluem, um para o outro. Seu beijo, Seu toque, Seu Santo Cio... essas duas chamas que agora brilham como uma, a cor do vinho, a cor de Sua felicidade ...

Chovendo sobre a Terra para tocar as almas de toda espécie, e para que alguns deles sejam marcados como Seus filhos especiais, no entanto, aqueles que brilham com almas violáceas no mundo dos homens são forçados a se esconder entre as sombras.

"Como, então, eles saberão seu lugar especial? Como então saberão que eles também são deuses?", pergunta a Terra; e o Céu lhe responde: "Eis a estrela do nosso amor especial. Ela os guiará até nós a cada respiração."

E assim, da Terra emerge a forma de um cristal, e do Céu flui a luz líquida. Juntas, misturadas, esta pedra preciosa cresce, contendo a luz acima e abaixo. A marca do Seu amor. Seu presente para a Sua espécie.

E o Pentáculo de Ametista brilhou com o poder do Céu na Terra.

E juntos falaram:

"Em inocência nasceste no mundo,
Forjado nas trevas pelo querer.
Despertado em amor incomum
Nomeado em Si como um ato de poder
Para brilhar com fulgor, como nós o criamos
Você sacrifica o maior de seus medos
Para renascer dia e noite
Nesta estrela que cuidamos "

E assim a estrela foi dada aos Viados¹, para lembrar-nos de nosso lugar especial como filhos das estrelas e da terra, para que pudéssemos nos lembrar do nosso poder e caminhar mais uma vez entre os Deuses.

Na Tradição F(a)eri(e), temos uma prática comum de trabalhar com pentáculos. Eles servem como modelos para equilibrar atitudes, emoções e estados energéticos, alinhando em nós as características que buscamos incutir em nós mesmos. Eles nos fornecem um mapa simbólico dos territórios interiores que desejamos explorar. O Pentáculo de Ferro, por exemplo, é um destes mapas, informando-nos das voltas e reviravoltas que são comuns enquanto estamos mergulhando mais profundamente em nossos espíritos.

Como qualquer praticante Viado pode atestar, há uma escassez definitiva de modelos LGBTcentrados que incentivam o nosso fortalecimento como seres íntegros. Em muitas tradições neo-pagãs da bruxaria, é-nos dito simplesmente para adotar as modalidades mágicas preexistentes (e heterossexuais) de polaridade e fertilidade.

Na tradição Feri, são dadas certas ferramentas que nos permitem ter relacionamentos mais saudáveis ​​com nossa natureza Divina, desprovidos de qualquer bagagem deste tipo. Lembramo-nos dos conceitos que cada ponta do pentagrama representa e, quando aplicados magicamente, somos capazes de interagir com as partes mais profundas de nós mesmos que estão em ressonância com as questões e os complexos energéticos associados a cada uma delas. O pentáculo, quando usado dessa maneira, é um excelente exemplo de como um modelo pode ser usado para nos trazer em consonância com o Todo.

Alternativamente, ele também pode representar vários estágios em um caminho energético. Meditar em certas experiências de vida comuns aos povos Viados nos inspirou desenvolver determinadas ferramentas que tentam falar diretamente as nossas almas viadas, permitindo-nos conciliar nossa sexualidade dentro de nossas identidades espirituais, e vice-versa.

Reconectando-se a esses marcadores experienciais em nossas histórias pessoais, somos mais capazes de discernir os ciclos pessoais em nossas vidas e ver essas experiências como parte de um processo de desdobramento.

Não só vemos este processo como um "sair do armário" e sim nos levar a uma compreensão mais profunda de nós mesmos, mas também como esses padrões retornam ciclicamente, certos temas emergem através do tempo enquanto nós nos perscrutamos, despindo-nos de nossas mascaras, aprendendo novos mistérios a cada desnudar. Com cada viagem ao longo das linhas do pentáculo, temos uma melhor chance de conhecer nossos demônios, e ao fazê-lo vem o potencial de torná-los nossos aliados. Como Viados inteiros podemos reivindicar o nosso direito de nascimento de sermos seres espirituais assim como sexuais.

Na presença da Deusa das Estrelas e do Deus Azul, apresentamos o Pentáculo de Ametista na esperança de que ele possa nos ajudar a entender melhor e experimentar a nossa natureza Divina Viada.


Inocência:
O vazio. O sonho. A jovialidade.

(Estranheza): o inicio do sentir-se "diferente"

Desejo: anseio; vontade

(Ressonância): a experiência do "Outro" como "eu".

Despertar: epifania; notando nossa singularidade.

(Iniciação): o engajamento dentro do novo.

Identidade: Criando a própria identidade; Identificando com uma comunidade.

(Coragem): o desenvolvimento da Vontade.

Expressão: Movendo-se no mundo. Fazendo a sua marca.

(Liberdade): A ausência de limites ou limitações.

Inocência - Refere-se ao tempo em que estávamos jovialmente inconscientes de qualquer coisa que pudesse rotular-nos como sendo "diferente" ou "Outro". Este era um tempo antes que nós eventualmente soubéssemos de nossas identidades e existíssemos simplesmente sem se importar com, ou se desculpar por, aquilo que somos. "O Coração Negro da Inocência" é um termo Feri que é usado para se referir a esse estado natural da alma livre do condicionamento social. Idealmente, este estado, juntamente com todos os outros no pentagrama, representam um processo de desdobramento em oposição a um evento estático ou isolado.

Mesmo quando descobrimos que os julgamentos externos infiltraram-se em nossa feliz ignorância, não somos permanentemente danificados por eles. A Inocência perdida não precisa permanecer assim para sempre. Ao fazer o trabalho duro de autoconhecimento e aplicação mágica, podemos procurar remover todos os blocos e curar todas as feridas que podem estar nos impedindo de retornar ao nosso estado mais natural (e saudável) de ser. A inocência é o vazio da autoconsciência, da qual surge à própria distinção que ajudará a formular nossa consciência Viada.

Estranheza - Muitas pessoas que se identificam como Viados podem traçar a sua sensação de ser diferente desde a infância, antes de amadurecerem uma compreensão de por que eles são realmente diferentes da maioria das pessoas ao seu redor.

Esse senso de diferença pode não ser exclusivo para aqueles que algum dia serão identificados como Viados. A maioria das crianças fantasia sobre seus pais verdadeiros, pertencentes à realeza que vêm para levá-los ao castelo que é a sua casa legítima; ou então o sonho de descobrir que sua linhagem extraterrestre algum dia irá dotá-los com poderes psionicos.

O que é único para o Viado é que em algum momento eles vão perceber a verdadeira extensão em que seu sentimento de ser não pertencimento é válido. Pode ser que os Viados se lembrem melhor do que os héteros, pois no nosso caso era precognitivo de nossa eventual epifania que somos Viados.

Outros que nos rodeiam muitas vezes também percebem nossa diferença; Alguns percebendo o por que; Outros sentindo alguma qualidade que eles não entendem melhor do que nós. Este estágio invariavelmente leva à alienação, que em sua forma negativa causa solidão e insegurança, embora, alternativamente, também pode causar autossuficiência e independência.

Desejo - O segundo ponto é Desejo. É esse momento excitante quando nossos sentidos são seduzidos por algo além de nós mesmos, e sentimos a nossa energia clamando por ela. Para a criança Viada, um exemplo disto é quando ele se encontra inexplicavelmente atraído por uma característica de seu mesmo sexo. Ele pode não perceber neste momento que sua excitação é sexual. Mesmo quando o faz, ele não compreende imediatamente o significado dado à sua ereção em relação a onde ela aponta. Este é o momento em que Narciso primeiro espia seu reflexo na lagoa, pouco antes de mergulhar nas profundezas de sua autoimagem.

O que pode ser dito da cultura Viada em toda a sua diversidade é que o núcleo comum entre todos os homens gays é o papel seminal do desejo em nossas vidas. Ansioso para tocar seus lábios nos braços macios de um colega de classe, ele pode sentir-se fazendo isso enquanto projeta seu espírito para o objeto de seu querer. Como qualquer bom mago sabe, é o desejo que nos faz entrar em ressonância com o que buscamos conjurar.

Ressonância: Esta é a experiência de identificar-se com o outro em um nível mais profundo. O reconhecimento de um igual. Isso pode ser visto no adolescente gay tímido que faz amizade com outro que também é percebido como sendo diferente. A ressonância é, em um nível, a experiência da compaixão. É essa abertura dos sentidos que permite a experiência de algo 'outro' como 'eu'. Para o Viado, esta pode ser a experiência de se sentir "em casa" em um ambiente viadistico, ou mesmo uma sensação de conforto ou reconhecimento quando na presença de outras pessoas Viadas.

Despertar - Nesta fase, a pessoa começa o processo de autoconhecimento, percebendo que seu senso de diferença está ligado à seus desejos emocionais e eróticos por pessoas de seu mesmo sexo. Ele está sozinho neste ponto, percebendo que sua história de excitação e inclinações são algo fundamental.

Esperemos que ele não caia na armadilha de acreditar que esses sentimentos são fundamentalmente errados, uma doença ou condenação. No extremo oposto, ele pode explorar a idéia de que ele foi tocado por Deuses que lhe deram habilidades únicas. Agora é quando o desejo impulsiona a pessoa a explorar as emoções, imaginações e sensações enredadas com sua excitação.

Esta exploração pode levá-lo a uma consciência de seus sentidos místicos também. Ou talvez ele perceba que a vibração que ele recebe de certos caras é realmente sua consciência psíquica, deixando-o saber que a luxúria de outro está alinhada com a sua própria.

Embora seu gaydar possa ter sido ofuscado por o que pode ser apenas um estilo diferente, o Viado pode notar que muitas vezes é capaz de perceber alguém pertencente à mesma comunidade.

Iniciação: Trata-se do deslocamento de energia que ocorre quando primeiro somos expostos a algo novo, aprendemos uma lição, atravessamos um limite ou quebramos um padrão.

A iniciação, como o próprio nome sugere, é o começo da jornada e não a sua culminação. Cada vez que estamos expostos a novas opções, temos a oportunidade de viajar por uma nova estrada e aprender novos segredos sobre nossas vidas ao longo do caminho.

Indo para a sua primeira balada gay, ou sauna, comprando sua primeira revista gay, ou dando cabeça pela primeira vez, estas são as experiências que moldam a nossa identidade sexual. Abandonamos nossas limitações anteriores na forma de nossos medos e preconceitos, e avançamos para um novo território, abrindo novas trilhas na paisagem interna. Quando invocada no corpo, esta linha alcança de mão em mão e através do coração, fazendo com que sejamos abertos e receptivos às mudanças que essas novas experiências trazem.

Identidade - Tendo percebido que faz parte de uma categoria de homens atraídos pelas relações íntimas com outros homens, deve enfrentar todos os preconceitos que tem sobre aqueles com os quais compartilha parte de sua identidade.

É aqui que a negação pode se erguer, impedindo-o de assumir uma identidade completa. Aqueles que decidem verem-se como Viados devem lidar com a sua concepção do que um homem gay é. Deve dar um ou outro passo; Ou suas atitudes negativas sobre os homossexuais envenenarão sua auto-imagem, ou ele ajustará sua ideia de homossexualidade para incluir esses caras como ele.

Nesse ponto, o indivíduo procura chegar a um acordo não apenas com sua homossexualidade, mas com a homossexualidade como uma categoria na qual ele pode se incluir. Isso pode ser problemático se o indivíduo perceber o "rótulo gay" como uma limitação.

Alguns temem que se definindo como gay eles estão vinculando-se aos limites dessa definição. Se alguém é homossexual, isso exclui os atributos dados aos heterossexuais? Ele deve superar a noção de que, sendo gay, ele está perdendo alguma experiência primitiva de ser. A posição em que ele é colocado é simultaneamente de ter que equiparar seu senso de ser àquele da maioria cultural hétero, ao mesmo tempo encontrar valor em como suas experiências são diferentes da norma.

Se alguém atraído pelo mesmo sexo escolhe definir-se como homossexual, ele deve perceber que outros também o farão. Como qualquer minoria, ele deve enfrentar a questão de como os outros o veem, muitas vezes perguntando se aqueles ao seu redor têm atitudes negativas sobre ele.

Alguns terão uma aceitação mais demorada por terem de forçar-se a imaginar como dois homens podem encontrar prazer um no outro. Outros vão lamentar que eles possuem uma coisa a menos em comum com seus amigos viados.

Mesmo com toda a liberdade dada atualmente para fugir do modelo tradicional, há muitos que se sentem apartados dos viados pelo fato de que as escolhas que fazemos em nossas vidas são diferentes das suas.

Para eles, somos rotulados como homossexuais e é esperado que assumamos essa identidade. Mesmo aqueles de nós que prefeririam não ser limitados por suas próprias definições são, contudo, definidos por outros. O enfrentamento de nossa identidade Viada, seja através do espelho, ou dos olhos alheios, requererá coragem e esforço.

Coragem: É nesta fase em que encontramos mais frequentemente o arquétipo do guerreiro. Tendo reivindicado uma identidade apartada do comum, é necessário avançar bravamente. Trabalhar com o conceito de coragem pode ajudar no desenvolvimento de um estado de espírito que é propício ao orgulho pessoal e estima, levando-nos a um lugar onde somos mais capazes de expressar as nossas necessidades e desejos. Isso é melhor visto no ocultismo sob o nome de desenvolvimento da Vontade.

Expressão - Nesta fase percebemos que o foco mudou do interno para o externo. O trabalho anterior nos levou a uma compreensão mais profunda de nós mesmos e agora chegou a hora de liberarmos nosso potencial sobre o mundo.

Na etapa anterior, o foco era interno, criando a própria identidade. Agora é preciso interpretar uma nova linguagem, muitas vezes cheia de insinuações e referências obscuras, aprendendo a reconhecer a linguagem corporal dos homens que ele cruza.

Se ele procurar camaradagem, ele também pode precisar se familiarizar com expressões culturais tão gays como urso; artifícios, e a arte de reconhecer se o outro é ativo, passivo ou versátil. Ele pode agora participar plenamente do mundo, tendo finalmente as ferramentas necessárias para se expressar. Os inúmeros artistas Viados agraciados desde tempos imemoriais, como Saffo representam a nossa necessidade intrínseca de expressão. Algumas pessoas têm uma melhor compreensão de si mesmos, quando espelhado por outros, e, portanto, pode tentar uma variedade de rótulos e personalidades sem pensar muito.

Antes o foco era reconhecer a nós mesmos, agora é a hora de nos fazermos reconhecer pelos outros. Alguns de nós se conformam a uma imagem gay que achamos confortável. Alguns de nós tentam borrar os limites e quebrar com todos os padrões, sendo o mais afeminado e não convencional possível.

De qualquer maneira, os membros de nossa comunidade compartilham o traço comum de serem conscientes de nossas identidades, assumindo um papel ativo na concepção de nós mesmos. Aqueles que se tornaram isolados, por causa da intolerância de outros ou por sua própria vontade, encontram maneiras de estimular sua própria distração, tornando-se criativos, muitas vezes artísticos.

Muitos gays tornam-se artistas desde os primeiros estágios em que tentam se encaixar ou tentam não ser notados. Outros potencializam isso, divando, podendo encontrar um nicho como o palhaço da turma.

Se alguém tem uma natureza naturalmente inconformista, então isso realmente entra em jogo neste momento. Um artista esforça-se para empurrar os limites, para fazer coisas diferentemente em prol de sua própria diferença. É aqui que ele começa a procurar outros que compartilham seus sentimentos, sejam eles encontros sexuais, ou uma comunidade maior.

Liberdade: Tendo processado e expressado nossos complexos e emoções, agora podemos avançar esperançosamente aliviados por eles. Este é um estado de cura relaxada, no sentido de que sua energia é a de reflexão sobre as batalhas ganhas, e um tempo para a integração do que foi aprendido.

Tendo reconhecido os limites da cultura, e a estrutura de nós mesmos, só agora podemos ser livres para ir além deles. Agora podemos projetar nossa experiência para fora no Pentáculo de Ametista, permitindo-nos ir além dos limites do self, esvaziado dos encargos que vêm com ser Viado, retornando-nos ao estado de inocência.

Trabalhar com o Pentáculo de Ametista tem sido uma experiência interessante e capaz de abrir nossos olhos. Muitas percepções surgiram tanto para nossos alunos como para nós mesmos enquanto contemplavam seus pontos e caminhos. Durante uma série de rituais no topo do Monte Diablo, nós invocamos a Deusa das Estrelas e o Deus Azul para abençoar este trabalho e carregá-lo com a Vida.

Ficamos no meio de um pentáculo enorme, com pedaços de ametista em cada ponto. Caminhamos suas linhas e as invocamos enquanto viajamos em sua delineação labiríntica. Sentamo-nos no centro e permitimos que os Deuses falassem conosco, para nos inspirar. Vimos o Pentáculo evoluir para sua forma atual, revelando-nos novas direções e entendimentos mais profundos do poder de nossas almas Viadas.

Tendo trabalhado o Pentáculo de Ametista e caminhado através de todo seu perímetro, deixe-nos sermos curados e novamente inteiros, de espíritos rutilantes, e feericamente Viados.

©2002 Chas Bogan and Storm Faerywolf

NT: O termo original Queer Ones foi aqui traduzido por Viados pelo entendimento da similaridade histórica e a força de ambas as palavras Quer/Viado enquanto empoderamento por assimilação das palavras que antes eram usadas para nos magoar.
Para maior entendimento dessa escolha, favor consultar meus artigos no livro gratuitamente distribuído: Liber Queer, 2019.

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